Sesc São Paulo promove encontros para discutir a importância artística e social das intervenções urbanas*

*Release publicado no site Archdaily Brasil, em abril de 2015
Quem vê São Paulo do alto se espanta com a grandeza e o cinza da cidade. A selva de pedras vista de cima causa uma sensação quase claustrofóbica, uma falsa impressão de que não há vida debaixo das sombras dos arranha-céus. Mas, se por um lado a falta de planejamento criou um caos urbanístico, por outro, as ruas, praças, becos e vielas da metrópole revelam-se verdadeiras galerias de arte ao ar livre. São Paulo é uma cidade que se apresenta através de suas intervenções urbanas.


São muitos os exemplos que reforçam que Sampa é um gigante palco a céu aberto. Na zona oeste, um pequeno beco apertado da Vila Madalena chama a atenção.  É o “Beco do Batman”. As paredes de ambos os lados são grafitadas e os desenhos são trocados periodicamente, fazendo que a galeria renasça de tempos em tempos. Perto dali, em meio a edifícios históricos e cortiços mal conservados no bairro da Luz está o enorme painel estilo pop-art de Daniel Melim, e não muito longe dali, nas ruas do centro, estátuas vivas permanecem imóveis por horas, contrastando com o vai e vem frenético dos moradores da cidade.

Para discutir a arte urbana e as intervenções artísticas em São Paulo, o Centro de Pesquisa e Formação do Sesc inicia, a partir do dia 14 a série de encontros “São Paulo: a cidade apresentada por suas intervenções urbanas”, que reunirá artistas e especialistas para discutir facetas da arte urbana e seus impactos visuais, sociais e artísticos.

Serão quatro encontros. No primeiro, o artista Helder Oliveira e a psicóloga Marília de Freitas Pereira falam sobre os potenciais da intervenção urbana na construção de sentidos do mundo no encontro “Na São Paulo da (In)visibilidade: desvelando histórias e direitos”. No segundo encontro, o artista Alexandre Orion discute como as intervenções urbanas contribuem para um ambiente mais democrático e acolhedor numa cidade de modelo urbanístico desigual e segregatório como São Paulo. Djan Ivson e o doutor Alexandre Pereira participam do terceiro encontro falando sobre pichação e sua possível legitimidade como forma de manifestação artística. Para finalizar, Eugênio e Maurinete Lima, membros fundadores do grupo Frente 3 de Fevereiro, falam sobre as experiências a frente desse grupo de pesquisa e intervenção artística que tem como foco o estudo e combate ao racismo na sociedade brasileira.

SÃO PAULO: A CIDADE APRESENTADA POR SUAS INTERVENÇÕES URBANAS
Quando: 14/04 a 06/05/15 (terça, quartas e quinta, 19h às 21h30)
Onde: Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo
Endereço: Rua Dr. Plínio Barreto, 285, 4º andar (prédio da FecomércioSP) – São Paulo/SP
Custo: R$18 a R$60
Inscrições: pelo site sescsp.org.br/centrodepesquisaeformacao ou nas unidades do Sesc em São Paulo
Informações: (11) 3254 -5600

O mesmo site também publicou meu release Sesc SP promove série de palestras sobre a relação da arquitetura de centros culturais e a cidade.